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Posicionamento da AMFaC-RJ sobre o segundo turno da eleição presidencial: Em defesa do Brasil! Em defesa do SUS! Em defesa da vida!

Vivemos, nos últimos anos, momentos críticos da história do nosso país. Médicas e médicos de família e comunidade, trabalhando diretamente na atenção à população brasileira, na gestão do SUS, ou na formação de profissionais para o futuro da saúde no país, sentiram na pele o impacto de políticas de austeridade que aprofundaram o desmonte de nossa saúde pública.

Foram anos de redução de investimentos na saúde, de revisão da Política Nacional de Atenção Básica, de limitação de direitos trabalhistas, de aplicação do teto de gastos, entre tantos outros desmontes que as políticas de austeridade dos últimos governos nos trouxeram. Em meio a tanto retrocesso, a pandemia da COVID-19 escancarou a necessidade de um Sistema de Saúde público e universal na organização de respostas a pandemias. O SUS nos permitiu reduzir danos de uma tragédia que poderia ter sido ainda maior, e a Atenção Primária à Saúde desempenhou papel fundamental no acesso a cuidado para milhões de brasileiras e brasileiros em todas as regiões do país.

Vivemos o cotidiano do combate a pandemia de maneira exaustiva. Nos dedicamos à saúde das pessoas todos os dias e sabemos o quanto nos impactou a falta de coordenação da resposta à pandemia a nível nacional. Sabemos o quanto nos impactou o negacionismo, a divulgação anticientífica e a desvalorização das vacinas em um país que se orgulha do maior programa de imunizações do mundo.

Apesar dos nossos esforços individuais, daqueles que estiveram junto à população brasileira, ofertando cuidado em saúde, chegamos a marca dos quase 700 mil mortos causados pela COVID-19 e nos indignamos. Sabemos que as brasileiras e os brasileiros que perdemos tem nome, família, cor de pele e que a política genocida que foi produzida afetou sobretudo a população mais pobre e periférica desse país. Aliás, ela vem somada a outras políticas de destruição: somos o país com 58,7% da população com algum nível de insegurança alimentar, somos o país que desmontou o provimento de médicas e médicos e substituiu uma política bem sucedida de transferência de renda por uma proposta questionável, instável e eleitoreira.

Por isso, e por acreditar que precisamos retornar a construir um país que valoriza sua população, o Sistema Único de Saúde e a vida do povo brasileiro, sabemos que no dia 30 de outubro temos uma enorme responsabilidade. No segundo turno das eleições, chamamos Médicas e Médicos de Família e Comunidade e toda a Atenção Primária do Rio de Janeiro a votar em Luiz Inácio Lula da Silva para presidente do Brasil. Na atual conjuntura nacional, é necessário um voto de combate às saídas autoritárias e fascistas, em busca da reconstrução da saúde pública e da democracia brasileiras.

Em defesa do Brasil! Em defesa do SUS! Em defesa da vida!